sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Impressões ao dirigir todas as versões do Novo Fiat Palio 2012

Teste Novo Palio 2012
Feito para todos os públicos, o novo hacthback compacto evoluiu, ganhou itens opcionais mas ainda não vai deixar a concorrência de cabelo em pé
Neste fim de semana a Fiat promoveu em Belo Horizonte, Minas Gerais, testes com o Novo Palio. Confira as impressões ao dirigir todos as versões da nova geração do modelo.
Teste do Novo Palio 2012
Clique nas imagens para ver em alta resolução
Versátil. Assim é o Palio já faz algum tempo. E isso não mudou nesta nova geração, apesar de esteticamente o modelo ter ganhado ar mais requintado, com frente com elementos do Fiat 500 e da família Punto, e uma traseira ainda de gosto duvidoso, mas elegante.
Teste do Novo Palio 2012
O teste drive ocorreu nas congestionadas ruas do centro de Belo Horizonte (MG), e andamos nos modelos 1.0 Attractive, 1.4 Attractive e 1.6 Sporting Dualogic, todos muito bem equipados e com diversos itens opcionais, o que causou excelente impressão sobre os modelos.
Teste do Novo Palio 2012
Attractive
Como as versões Attractive tinham quase R$ 15 mil de acessórios, fica difícil avaliar o conforto, pois neste nível de sofisticação até o modelo de entrada ganha ares mais interessantes. A primeira anotação foi para o incômodo do assento na região lombar do Palio 1.0 Attractive. O veículo avaliado tinha esta região muito proeminente no banco do motorista e isso incomodou bastante.
Teste do Novo Palio 2012
Porém, no teste dos demais modelos não houve este problema e, ao reparar com mais atenção, percebi que o carro 1.0 avaliado era um dos poucos que não tinha o descansa braço no banco do motorista. Os demais tinham e o encosto do banco era muito mais confortável. Assim, antes de decidir a compra, vale a pena se atentar a este detalhe.
Teste do Novo Palio 2012
Voltando ao teste drive do 1.0, o carro não decepcionou na curta volta de pouco mais de 7 km pelas travadas ruas de BH. O motor de 75 cv/73 cv (etanol/gasolina) a 6.250 rpm e torque máximo de 9,9 kgfm/9,5 kgfm (e/g) a 3.850 rpm mostrou a esperteza de sempre, inclusive nas subidas, mas na condição de ‘pé na tábua’. Até ensaiou uma cantada de pneu ao trocar de primeira para segunda ao atingir o giro de corte, em uma mudança rápida sem tirar o pé do acelerador.
Teste do Novo Palio 2012
Mas uma coisa é certa: estava sozinho no carro. Carregado, a experiência deve ser diferente. Porém, causou boa impressão e, independente da quantidade de itens opcionais instalados, apresenta plásticos de forma bem organizados e acabamento compatível com o posicionamento do modelo no mercado. A crítica é a de sempre, sem medo de ser repetitivo: R$ 30 mil em um popular compacto 1.0 é muito!
Já o Palio 1.4 Attractive mostrou ser um pouco mais esperto, tanto nas saídas quanto retomadas. O propulsor que gera potência máxima de 88 cv/85 cv (etanol/gasolina) a 5.750 rpm e torque máximo de 12,5 Kgfm/12,4 Kgfm (e/g) a 3.500 rpm ganhou novo coxim hidráulico que amenizou o problema de vibração (muito comum no Uno), mas não resolveu. Em marcha lenta, parado, a vibração no volante foi sensível. Mas, em movimento, imperceptível.
Teste do Novo Palio 2012
A versão avaliada estava com rodas de liga leve de 15” e pneus 185/60 R15, o que deixou a direção um pouco mais pesada, nada que comprometesse o carro na hora de manobrar, mas que o deixou um pouco mais gostoso de dirigir, pois deixou o carro mais na mão.
Outro item que chamou atenção foi o descansa braço. Apesar de o modelo do banco ser mais confortável do que sem, o acessório atrapalha na hora de regular a posição do encosto do banco, pois fica localizado bem acima da alavanca de ajuste.
Outra característica do Palio e demais compactos populares em geral é o som do combustível se mexendo no tanque. A cada freada, lá vem o ruído. A solução é simples: andar com o tanque cheio o tempo todo, pois melhorar a isolação acústica encarece ainda mais o carro.


1.6 E.torQ
Se por um lado as versões Attractive chamaram atenção dos outros motoristas pela novidade, a Sporting fez pescoços de muitos pedestres torcerem. Mas bem acabada e chamativa, foi uma bela surpresa.
Em relação ao modelo anterior, o novo Palio Sporting ficou muito mais interessante, principalmente esteticamente, pois a mecânica é mesma: motor 1.6l 16V E.torQ que rende potência máxima de 117 cv/115 cv (etanol/gasolina) a 5.500 rpm e torque máximo de 16,8 Kgfm/16,2 Kgfm  (e/g) a 4.500 rpm.
Teste do Novo Palio 2012
A versão avaliada foi a Sporting Dualogic, com câmbio automatizado de cinco velocidades. A escolha foi proposital, para avaliar a evolução da transmissão, que se mostrou mais suave, principalmente em baixas rotações, em situações em que é necessário baixo torque.
A mudança de marcha é quase imperceptível, mas somente com o pé bem leve no acelerador, e qualquer pressão maior, já se sente um ligeiro tranco. Normal. A única forma de não sentir tranco com a mudança de marcha no automatizado é aliviando o pé do acelerador no momento da troca.
Em outras palavras, simular o movimento feito com câmbio manual. Ninguém troca marcha (aperta a embreagem e mexe na alavanca) com o pé pressionando o acelerador. Se fizer isso, sente um tranco ao soltar a embreagem, por mais suave que se faça o movimento.
Mas o importante é que o programa do Dualogic foi aprimorado e as reduções de marchas ocorrem de forma mais rápida, mesmo quanto é necessário passar de quinta para segunda. O câmbio pula direto para a menor marcha disponível de acordo com a velocidade do carro. Muito bom.
Mas nem tudo são flores. A isolação acústica do cofre do motor ainda não é perfeita e isso faz com que se escute todas as trocas de marchas do Dualogic. A experiência dá conta de que com o tempo vira costume e mal se percebe os cleques-claques-cleques. Mas em uma volta rápida, todos são ouvidos. A solução para isso é isolar melhor o cofre, tal como ocorre com o Linea, mas ai, novamente, o preço do carro aumentaria.
A versão Sporting poderia vir com ajuste de profundidade do volante e um ajuste um pouco mais agressivo na altura para permitir que se encontre a posição de dirigir mais confortável. O banco do motorista desce mais do que nas demais versões, e a tocada é bem mais agradável do que os Attractives. Faltou pouco para se apaixonar pelo modelo. Uma pena.
Carona
No banco de trás do novo Palio a sensação é de que o carro realmente cresceu. No Sporting, a suspensão está firme e confortável para o nível de asfalto esburacado que temos no País. Há bastante espaço para as pernas e a cabeça. O banco traseiro é um pouco duro, mas não deixa a desejar. O cinto não incomoda, mas faltou o cinto de três pontas para o quinto passageiro.
A Fiat informou que consumiu R$ 1 bilhão no desenvolvimento do novo Palio, que será produzido também na planta da Argentina. Quer vender entre 8 mil a 9 mil carros por mês, sendo 50% do Attractive 1.0, 30% do 1.4, 10% do 1.6 Essence e 10% do Sporting. Tanto dinheiro no desenvolvimento do produto podia ter contemplado um pouco mais de itens de série, como air bags, abs e ar-condicionado. Ai sim colocaria a concorrência de cabelo em pé.
Teste do Novo Palio 2012
Teste do Novo Palio 2012
Teste do Novo Palio 2012
Teste do Novo Palio 2012
Teste do Novo Palio 2012
Teste do Novo Palio 2012
Teste do Novo Palio 2012
Teste do Novo Palio 2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário